O filme Olympia, do diretor Rodrigo Mac Niven, tem como tema uma cidade atrelada a um sistema político corrompido, concentração de poder, privilégios. O enredo foi idealizado a partir da construção de um campo de golfe para os Jogos Olímpicos dentro de uma reserva ambiental da cidade. E revela os bastidores obscuros da prefeitura de Olympia.
Dito isso, temos aí uma discussão sobre a corrupção e também uma reflexão sobre o impacto que determinadas obras podem trazer para a vida de uma cidade. “O filme Olympia traz uma reflexão profunda e urgente sobre uma nova ética na sociedade. Entendendo como ética os princípios que regem nossas práticas. Minha maior realização é termos feito um filme com a força da colaboração, da transparência, da coragem e paixão de toda a equipe. Às vésperas do maior evento esportivo do planeta, o Rio enfrenta a falência total dos serviços e a corrupção na administração pública. É dever de todo cidadão questionar o seu governo. Qual o verdadeiro legado deixado? , pergunta o diretor Rodrigo, que se inspirou nas histórias do jornalista investigativo Lúcio Vaz, autor dos livros Ética da Malandragem e Sanguessugas do Brasil, a respeito dos bastidores do Congresso Nacional.
Em 2012, em Brasília, durante o Congresso Internacional Anti- Corrupção, foram gravados os primeiros depoimentos internacionais sobre o tema. Em 2014 o diretor conheceu o advogado J.C. que, após uma profunda investigação descobriu uma teia de corrupção que se inicia no final do século XIX, com a grilagem de terra na Barra da Tijuca e desemboca nos bastidores da construção do campo de golfe olímpico em 2016.
Mediante uma campanha de financiamento coletivo, 534 apoiadores ajudaram para que Olympia saísse do papel. “ Em momento de tanta turbulência política, falência do sistema e aumento de intolerância por conta de divergências de ideias, é fundamental que a cidade discuta de forma mais aprofundada o fenômeno da corrupção”, ressalta Rodrigo Mac Niven.
Perfeito!
Olympia estreia nas telas a partir de 1º de agosto.